Você sabia que o pré-diabetes é uma condição de saúde que, se não tratada, pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2? Mas com mudança de estilo de vida: prática de exercícios, plano de alimentação adequado às suas necessidades e acompanhamento médico, você consegue reverter o quadro e levar uma vida saudável.
Mas é importante estar muito atento para fazer o diagnóstico, pois, na maioria dos casos, o pré-diabetes é “silencioso e não apresenta sinais”. No entanto, a presença de fatores de risco como excesso de peso, hipertensão e histórico familiar de diabetes indica alguns cuidados. Nesses casos, é importante solicitar exames periodicamente junto ao seu médico para poder fazer um acompanhamento.
De acordo com uma pesquisa do International Diabetes Federation (IDF), cerca de 15 milhões de pessoas no Brasil têm a condição de pré-diabetes. O quadro se apresenta quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas abaixo dos níveis que definem o diabetes. Os dados nos alertam para a necessidade de diagnóstico para que essas pessoas não corram o risco de desenvolver condições mais agudas e/ou associadas.
Como sei se tenho a condição de pré-diabetes?
A condição de pré-diabetes ocorre quando a glicose não é metabolizada, nem aproveitada o suficiente no organismo. Dessa forma, acumula no sangue. O estado de normalidade da glicemia em jejum estipulado pelos órgãos de saúde é de 70 mg/dl a 100 mg/ld. Uma pessoa é diagnosticada com pré-diabetes ao medir a sua glicemia em jejum e atingir entre 100 e 125 mg/dl.
Nesses casos, o médico junto à pessoa terá de desenvolver um plano clínico para diminuir a glicemia. Dessa forma, evitará que a condição evolua para diabetes, além de prevenir outras doenças associadas. Na maioria dos casos, envolve um planejamento alimentar e atividades físicas.
Quais os sintomas de pré-diabetes?
Diferente do diabetes, a condição de pré-diabetes não apresenta sintomas visíveis. Em casos de diabetes, os sintomas mais comuns são:
- Sede excessiva;
- Fome frequente;
- Vontade de urinar várias vezes ao dia;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea;
- Vômito;
- Visão turva ou embaçada.
Às vezes, as pessoas não têm todos os sintomas. Outras, alguns se acentuam mais que outros. Por isso, sempre é importante o olhar clínico do médico para solicitar os exames necessários e fazer o devido acompanhamento.
No pré-diabetes, casos de obesidade, falta de atividade física, histórico familiar de diabetes e síndrome metabólica são sinais de alerta. Se alguns desses fatores se encaixam com a sua condição, você deve buscar ajuda médica para encaminhar os procedimentos necessários de avaliação clínica.
Como evitar que o pré-diabetes se torne diabetes?
A prevenção e o tratamento de pré-diabetes envolvem, principalmente, mudanças no estilo de vida: perder peso se necessário, comer de forma saudável, parar de fumar e iniciar ou aumentar a atividade física. Em alguns casos, medicamentos podem ser necessários. Mas a terapia farmacológica precisará ser prescrita por um endocrinologista que fará o acompanhamento de até quando será necessário esse tipo de intervenção.
Segundo o médico endocrinologista Augusto Pimazoni-Netto, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), muitas pessoas acreditam que o pré-diabetes seja uma condição benigna, com pouca repercussão na saúde futura. Porém, diz ele, o conceito está bastante equivocado.
“O pré-diabetes aumenta significativamente o risco de surgimento de complicações de longo prazo, de forma muito semelhante à condição de diabetes plenamente instalado”, acentua. Sabe-se, enfatiza, que o controle da regulação normal da glicose em pessoas com pré-diabetes reduz significativamente o risco de evolução para o diabetes.
Além disso, conforme o endocrinologista, o pré-diabetes representa uma condição de alto risco para a doença cardiovascular. Por isso, explica, a restauração da condição de normalidade glicêmica e/ou o tratamento médico de fatores de risco cardiovascular podem reduzir significativamente o risco estimado em pessoas com pré-diabetes.
O que não se deve comer no pré-diabetes?
Segundo informações da SBD, a terapia nutricional é uma das partes mais desafiadoras do tratamento, com impacto decisivo na obtenção e na manutenção do gerenciamento glicêmico. Independente do tempo de diagnóstico, a terapia nutricional deve fazer parte do tratamento em todas as suas fases de tratamento.
Um plano alimentar adequado pode retardar ou mesmo evitar o surgimento do diabetes em pessoas em risco, e suas complicações podem ser preveníveis por meio do bom controle glicêmico. Além disso, é decisivo para o sucesso da terapia farmacológica. O tratamento prevê abordar mudanças de estilo de vida, educação alimentar e controle de peso.
Quais são as frutas que se pode comer?
Na terapia nutricional, o especialista sempre indica a observação do índice glicêmico (IG) do alimento, pois nem sempre expressa o quanto este pode elevar a glicemia (glicose no sangue) em 2 horas após consumo. De acordo com informações da SBD, a recomendação é a de que, em média, uma alimentação saudável inclua o consumo de duas porções de vegetais em saladas e sopas, entre três e quatro porções de frutas ao longo do dia, sendo uma fruta média ou 1 fatia média de uma fruta maior.
As frutas são ricas substâncias antioxidantes que protegem a saúde cardiovascular e combatem os radicais livres, auxiliando contra as doenças neoplásicas. Por isso, elas são importantes na nossa dieta alimentar.
No entanto, a SBD faz um alerta: cautela quando se tem o pensamento de que a fruta, por ser um alimento saudável, pode ser consumida em grande quantidade em uma única refeição, por exemplo num almoço, em forma de suco. Vamos explicar!
A porção de fruta tem em média 15g de carboidratos. Portanto, três porções de frutas terão em média 45g de carboidratos. Para se chegar a uma refeição completa só estariam faltando a proteína e o amido (cará, batata doce ou aveia), pois a quantidade de carboidratos poderia ultrapassar a ideal se fosse incluído legumes, massas ou arroz. Afinal, já o ingeri ao comer frutas a mais do que o indicado.
Por isso, é que, na maioria das vezes, a recomendação é a de que o consumo de frutas seja realizado de maneira fracionada, ao longo do dia. A dica é incluir as frutas no horário dos lanches como opção.
As frutas indicadas para pré-diabéticos comerem são:
- Morango;
- Amora;
- Tangerina;
- Pêssego;
- Pera;
- Laranja com bagaço;
- Maçã;
- Goiaba;
- Abacate;
- Kiwi;
- Melão;
- Manga;
- Ameixa;
- Mirtilos.
Somos o G7med
O G7med é uma startup inovadora em Saúde. Temos como objetivo transformar a saúde através da educação de qualidade, alcançando médicos, profissionais de saúde e pacientes. Conheça nossos cursos.