Imagine ser criança ou adolescente e, de repente, descobrir que seu corpo não produz mais insulina. Essa é a realidade enfrentada por muitas pessoas com diabetes tipo 1. Ao contrário do tipo 2, que muitas vezes está ligado ao estilo de vida e à obesidade, o diabetes tipo 1 está associado à autoimunidade ou à genética e costuma surgir na infância ou adolescência.
Essa condição afeta o pâncreas, impedindo a produção de insulina, um hormônio essencial para a regulação do açúcar no sangue. O diabetes tipo 1, embora menos comum (representando cerca de 10% dos casos), é considerado mais grave. Entender essa diferença ajuda a oferecer o apoio necessário às pessoas que vivem com essa condição.
O que é o diabetes tipo 1?
Diabetes tipo 1 é quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Isso significa que o corpo não consegue usar o açúcar no sangue como deveria, levando a níveis altos de glicose. Essa falta de insulina acontece porque o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas responsáveis por produzi-la.
Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 compartilham alguns sintomas, como sede excessiva, necessidade frequente de urinar e cansaço extremo. No entanto, as semelhanças terminam aí, pois suas causas e características são distintas.
A Federação Internacional de Diabetes (IDF) revela que o Brasil é o terceiro país no mundo em número de casos de diabetes tipo 1 entre crianças e adolescentes menores de 20 anos, com 92,3 mil casos. À frente do Brasil estão a Índia, com 229,4 mil casos, e os Estados Unidos, com 157,9 mil.
Conforme o IDF, 31% dos brasileiros de 13 a 19 anos diagnosticados com diabetes tipo 1 enfrentam complicações renais, cardíacas e oculares. Por isso, a implementação de programas educacionais para prevenir o agravamento da condição nesses jovens pacientes tem ajudado na sua conscientização.
Qual é a diferença entre o diabetes tipo 1 e tipo 2?
Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 envolvem problemas com a regulação do açúcar no sangue, mas eles diferem significativamente em suas causas e características. Como já falamos, o diabetes tipo 1 é uma condição autoimune onde o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, geralmente aparecendo na infância ou adolescência. Pessoas com diabetes tipo 1 precisam de insulina para sobreviver, pois seus corpos não produzem o hormônio.
Já o diabetes tipo 2, que é mais comum em adultos, especialmente aqueles com sobrepeso ou obesidade, ocorre quando o corpo desenvolve resistência à insulina ou não produz insulina suficiente. Diferente do tipo 1, o tipo 2 é fortemente influenciado pelo estilo de vida e fatores genéticos. Embora algumas pessoas com diabetes tipo 2 também precisem de insulina, muitos podem gerenciar a condição com mudanças na alimentação, exercícios e medicamentos orais.
Além disso, os sintomas do diabetes tipo 1 podem surgir rapidamente, enquanto os do tipo 2 geralmente se desenvolvem lentamente e podem passar despercebidos por anos. Ambos os tipos exigem monitoramento e gestão cuidadosa, mas a abordagem de tratamento pode variar bastante pois cada organismo responde de uma forma e precisam de ajustes tanto na alimentação quanto no medicamento de acordo com às suas necessidades..
De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado que indivíduos com parentes próximos que tenham ou tenham tido diabetes tipo 1 realizem exames regulares para monitorar os níveis de glicose no sangue. Além dos tipos 1 e 2, existe também a condição chamada pré-diabetes, cada vez mais utilizada para descrever pessoas com tolerância reduzida à glicose e/ou glicemia de jejum alterada. Há ainda o diabetes gestacional, que ocorre durante a gravidez.
Quais são os sintomas do diabetes tipo 1?
Os sintomas do diabetes tipo 1 geralmente surgem de forma rápida e intensa, muitas vezes ao longo de algumas semanas ou até dias, na maioria das vezes, na infância ou adolescência. Muitas pessoas experimentam uma sede excessiva e uma necessidade frequente de urinar, pois o corpo tenta eliminar o excesso de glicose no sangue.
A fome extrema é comum porque, sem insulina, as células não conseguem absorver a glicose necessária para produzir energia. Mesmo comendo mais, a perda de peso inexplicável pode ocorrer já que o corpo começa a usar músculos e gordura como fonte de energia alternativa.
A falta de energia pode causar fadiga e fraqueza, e mudanças nos níveis de açúcar no sangue podem levar à irritabilidade e mudanças de humor. A visão embaçada pode acontecer devido ao acúmulo de glicose nos olhos.
Feridas que demoram a cicatrizar e infecções frequentes, como infecções de pele, gengiva ou trato urinário, são sintomas adicionais, pois níveis elevados de glicose no sangue podem prejudicar a capacidade do corpo de combater infecções e curar feridas adequadamente.
Guia sobre o diabetes tipo 1
Sintomas da diabetes tipo 1:
- Sensação constante de sede.
- Vontade frequente de urinar.
- Fome constante.
- Cansaço excessivo.
- Perda de peso inexplicada.
- Dificuldade em ganhar peso.
- Dor abdominal.
- Vômitos.
- Irritabilidade.
- Alterações de humor.
- Visão embaçada.
- Candidíase vaginal frequente em meninas e mulheres.
- Dificuldade de cicatrização de feridas.
- Dificuldade de concentração.
Tratamento e gerenciamento:
- O tratamento da diabetes tipo 1 envolve o uso de insulina aplicada sob a pele para gerenciar os sintomas e prevenir complicações.
- Além disso, é essencial adotar mudanças no estilo de vida, como seguir um plano de alimentação adequado e praticar exercícios físicos regularmente.
- Programas educacionais são importantes para pacientes jovens, visando evitar o agravamento do quadro.
Origem e gravidade:
- A diabetes tipo 1 é considerada mais grave, embora seja menos comum (cerca de 10% dos diagnósticos).
- A destruição das células produtoras de insulina pelo próprio organismo é uma reação autoimune ainda não completamente compreendida.
Plano alimentar
1.Abrace os alimentos integrais:
- Cereais: Pão, arroz, macarrão e quinoa em suas versões integrais te darão mais energia e te manterão saciado por mais tempo.
- Frutas: Coma variadas frutas com casca, ricas em fibras e vitaminas. Mas atenção: moderação é a chave!
- Legumes e verduras: Um arco-íris de cores no seu prato! Fibras, vitaminas e minerais para turbinar sua saúde.
- Leguminosas: Feijão, lentilha, grão de bico e ervilha são campeões em proteínas e fibras, além de serem super saborosos.
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Proteínas magras:
- Carnes: Peixes, frango e peru sem pele são suas melhores opções. Evite carnes vermelhas e processadas.
- Ovos: Fonte de proteína completa e versátil para diversas receitas.
- Laticínios: Leite desnatado, iogurte natural e queijo cottage são ótimas opções, mas cuidado com o teor de gordura.
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Gorduras saudáveis:
- Azeite de oliva: Perfeito para temperar saladas e dar um toque especial aos pratos.
- Abacate: Rico em fibras e gorduras monoinsaturadas, que fazem bem para o coração.
- Nozes e castanhas: Um lanche saudável e crocante, rico em ômega-3 e outros nutrientes importantes.
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Moderação é a chave:
- Carboidratos: Distribua-os ao longo do dia e escolha opções com baixo índice glicêmico.
- Açúcar: Reduza o consumo de doces, refrigerantes e outros alimentos açucarados.
- Gorduras saturadas e trans: Evite frituras, alimentos processados e fast-food.
- Sódio: Tempere com ervas e especiarias no lugar do sal, e fique de olho nos rótulos.
Importante: Consulte um nutricionista para ajudar a criar um plano alimentar personalizado para suas necessidades e estilo de vida.