Diabetes e colesterol alto são duas condições que, quando presentes no organismo juntas, podem aumentar consideravelmente os riscos de complicações cardíacas.
Entre os sintomas de diabetes e colesterol alto, estão fadiga constante, sede excessiva, visão embaçada e dores no peito, indicando que o corpo precisa de cuidados imediatos.
Uma alimentação adequada nesses casos é ainda mais importante porque se torna imprescindível para gerenciar esses condições .
Dessa forma, promove uma melhor qualidade de vida, previne o agravamento e auxilia no monitoramento dos níveis de açúcar e colesterol no sangue.
Sintomas de diabetes e colesterol alto
Diabetes e colesterol alto podem apresentar sintomas que nem sempre são óbvios. Muitas pessoas com níveis elevados de colesterol não percebem a condição até que um problema cardiovascular mais sério ocorra.
Da mesma forma, os sintomas de diabetes tipo 2 podem ser sutis no início. Entre os principais sintomas de ambas as condições, estão:
Fadiga constante
Níveis altos de glicose e colesterol no sangue podem causar cansaço extremo.
Sede excessiva e micção frequente
Estes são sinais clássicos de diabetes. Quando os níveis de açúcar estão elevados, os rins precisam trabalhar mais para filtrar o excesso, o que resulta em mais urina e consequente desidratação.
Visão embaçada
Tanto a diabetes quanto o colesterol alto podem prejudicar a saúde dos olhos, causando visão turva.
Dor ou sensação de peso no peito
Níveis altos de colesterol podem levar ao acúmulo de placas nas artérias, causando problemas cardíacos e, em casos graves, infarto.
A combinação dessas condições aumenta o risco de doenças como aterosclerose, hipertensão e outras complicações cardiovasculares. Portanto, controlar a alimentação é um passo crucial.
O papel da alimentação no gerenciamento de diabetes e colesterol alto
Uma alimentação adequada influencia no gerenciamento dos níveis de glicose e colesterol no sangue.
Alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis ajudam a manter a glicemia estável e a reduzir o colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”.
A médica endocrinologista Andressa Heimbecher Soares, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), diz que a alimentação tem papel importante no monitoramento dos níveis de colesterol, mesmo que a origem dele seja familiar (genética).
A recomendação da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose é reduzir dos níveis de gordura saturada na alimentação, priorizando as gorduras mono e poli-insaturadas (de origem vegetal). “A simples troca de carboidratos por gorduras saturadas aumenta o risco de eventos cardiovasculares maiores (infartos e AVCIs). Além disso, deve-se abolir o consumo de gorduras trans”, explica a médica.
Andressa explica pode ocorrer o agravamento das complicações em pessoas com diabetes, especialmente em relação a doenças cardíacas e cerebrovasculares.
O acúmulo de placas de gordura nas artérias, comum nno diabetes, pode causar inflamações locais que obstruem a circulação sanguínea. Quando essa obstrução ocorre em artérias coronárias, responsáveis por levar sangue ao coração, o resultado pode ocasionar infarto. “Se a obstrução for em uma artéria carótida, que abastece o cérebro, pode ocorrer um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Em casos mais graves, o bloqueio em artérias das pernas pode levar à amputação”, acentua
Dieta para pré-diabetes e colesterol alto
O pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose estão mais altos do que o normal, mas ainda não o suficiente para serem considerados diabetes tipo 2.
Para quem tem pré-diabetes e colesterol alto, uma alimentação equilibrada e personalizada pode prevenir a progressão para diabetes e reduzir o colesterol.
Recomenda-se uma dieta rica em alimentos de baixo índice glicêmico, como:
- Grãos integrais: Aveia, arroz integral e quinoa são opções excelentes, pois ajudam a regular o açúcar no sangue.
- Legumes e verduras: Espinafre, brócolis, couve e cenoura são ricos em fibras e antioxidantes que ajudam a manter o colesterol sob controle.
- Peixes ricos em ômega-3: Salmão, sardinha e atum ajudam a aumentar o colesterol HDL (o “bom”) e a reduzir os triglicerídeos.
- A alimentação sugerida também pode ser benéfica para quem já foi diagnosticado com diabetes tipo 2.
Dieta para diabetes tipo 2 e colesterol alto
Se você tem diabetes tipo 2 e colesterol alto, é importante seguir um plano alimentar que ajude no manejo dos níveis de açúcar no sangue e melhore os níveis de colesterol. Aqui estão alguns alimentos que podem ajudar:
- Oleaginosas: Amêndoas, nozes e castanhas-do-pará são ricas em gorduras saudáveis e ajudam a reduzir o colesterol LDL.
- Azeite de oliva: Uma fonte rica de gorduras monoinsaturadas, o azeite pode ser usado para substituir outras gorduras menos saudáveis, como manteiga e margarina.
- Fibras solúveis: Presentes na aveia, feijão e maçãs, as fibras ajudam a reduzir a absorção de colesterol no intestino.
- Importante evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e com alto teor de açúcar, como refrigerantes, bolos e biscoitos.
Sugestões de café da manhã
O café da manhã é uma refeição importante para quem precisa estar atento tanto ao colesterol quanto ao diabetes. Aqui estão algumas sugestões saudáveis para começar o dia:
- Mingau de aveia com frutas vermelhas: A aveia é rica em fibras solúveis, que ajudam a controlar os níveis de colesterol e açúcar no sangue. As frutas vermelhas, como morangos e mirtilos, têm baixo índice glicêmico e são ricas em antioxidantes.
- Ovos cozidos com abacate: Os ovos são uma excelente fonte de proteína, e o abacate fornece gorduras saudáveis que ajudam a manter o colesterol em níveis adequados.
- Smoothie verde: Misture espinafre, chia, abacaxi e leite de amêndoas para um smoothie cheio de fibras e antioxidantes, ideal para manter a glicemia estável.
Especialistas da área da saúde pedem para que sejam evitadas alimentos ricos em açúcar, como cereais matinais açucarados, ou ainda ricos em gordura saturada, como pães folhados e embutidos.
Três receitas para pessoas com diabetes e colesterol alto
Separamos algumas receitas para pessoas com diabetes e colesterol alto que são fáceis de preparar e saborosas:
- Salada de quinoa com legumes verdes: Cozinhe a quinoa e misture com espinafre, pepino, abacate e azeite de oliva. Adicione um pouco de limão para temperar.
- Peixe grelhado com vegetais assados: Escolha peixes como salmão ou truta. Sirva com uma combinação de vegetais como abobrinha, cenoura e pimentão assados.
- Sopa de lentilha: As lentilhas são ricas em proteínas vegetais e fibras, perfeitas para estabilizar os níveis de glicose e controlar o colesterol.
Alimentos que devem ser evitados
Para poder conviver com qualidade de vida com diabetes e colesterol alto, é importante evitar certos alimentos que podem piorar as condições, tais como:
- Alimentos ricos em gorduras saturadas: Frituras, carnes processadas (como bacon e salsicha) e produtos lácteos com alto teor de gordura devem ser evitados, pois aumentam o colesterol LDL.
- Açúcares refinados: Evite refrigerantes, doces, bolos e biscoitos, que podem causar picos de glicose.
- Alimentos ultraprocessados: Produtos industrializados contêm grandes quantidades de sódio e gorduras trans, o que pode aumentar os riscos para o coração
A importância do tratamento medicamentoso
Além do plano aliimentar, que deve ser adequado às necessidades às caracteríticas das pessoas, deve-se planejar o uso de medicamentos quando for preciso.
Segundo a SBD, as estatinas são a primeira linha de tratamento de colesterol LDL e para prevenir eventos cardiovasculares.
No entanto, a prescrição de medicamentos deve ser personalizada, levando em consideração o risco cardiovascular de cada paciente.
Outro cuidado que Andressa sugere é em relação às informações sobre essas condições. De acordo com ela, a ciência por trás do estudo do colesterol e das doenças cardiovasculares é robusta e comprovada. “As doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo, representando 31% das mortes globais. O diabetes, quando não manejado adequadamente, agrava o risco de complicações cardiovasculares”.
Por isso, é fundamental combater as fake news e seguir orientações baseadas em evidências científicas, mantendo o foco na prevenção e tratamento adequado indicado por especialistas.
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