Insulina inalável: avanços no tratamento do diabetes

A insulina inalável representa uma alternativa à administração subcutânea para pessoas com diabetes, especialmente aquelas com resistência ao uso de injeções diárias. A tecnologia tem evoluído nos últimos anos, com foco na melhora da adesão, conveniência e resposta glicêmica.

A aplicação da insulina por via pulmonar tem despertado interesse tanto em estudos clínicos quanto em sua adoção prática, especialmente para pessoas com diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. Pesquisas clínicas vêm demonstrando resultados promissores em relação à ação rápida da insulina inalável, ao seu impacto sobre a hemoglobina glicada e à redução de hipoglicemias tardias. Ainda assim, o uso exige atenção quanto à função pulmonar e à seleção adequada dos pacientes.

🧬 Como funciona a insulina inalável no organismo

A insulina inalável é administrada por via pulmonar e chega rapidamente à corrente sanguínea. Sua ação começa em cerca de 10 a 15 minutos, com pico por volta dos 15 minutos e duração entre 2 a 3 horas, simulando o padrão de bolus de insulina liberado naturalmente pelo pâncreas após as refeições.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a insulina inalável tem perfil de ação ultrarrápido, sendo indicada principalmente para o uso pré-prandial. A absorção rápida ajuda a reduzir picos de glicemia pós-refeição, contribuindo para o manejo glicêmico.

A aplicação é feita com um inalador portátil, onde o pó de insulina é aspirado e levado diretamente aos alvéolos pulmonares. Essa região tem alta vascularização e uma membrana epitelial fina, favorecendo a absorção rápida para a circulação sistêmica, sem passar pelo fígado. Esse processo difere das aplicações subcutâneas, mais lentas e sujeitas ao metabolismo hepático inicial.

No estudo Uso de insulina inalável por diabéticos sob o ponto de vista farmacológico: uma revisão integrativa, publicado na Revista Interdisciplinar Ciências Médicas (2022), os autores explicam que a via inalatória proporciona um início de ação mais ágil, o que pode auxiliar na redução de hiperglicemia aguda e minimizar episódios de hipoglicemia tardia pós-prandial.

Além disso, a insulina inalável utiliza como excipiente o fumaril-dicetopiperazina (FDKP). Segundo o mesmo estudo, essa substância é absorvida, entra na corrente sanguínea e é eliminada sem sofrer metabolização, o que reforça a segurança farmacológica do composto.

🚀 Benefícios da insulina inalável no manejo do diabetes

O uso da insulina inalável tem sido associado a ganhos importantes no manejo do diabetes, especialmente em aspectos ligados à conveniência e à resposta glicêmica rápida.

De acordo com a SBD, a insulina inalável proporciona um início de ação mais acelerado do que as insulinas de aplicação subcutânea. Esse perfil permite um melhor ajuste às variações glicêmicas provocadas pelas refeições, o que pode melhorar o controle pós-prandial.

No estudo citado acima, os autores destacam benefícios observados em ensaios clínicos randomizados que compararam a insulina inalável com diferentes formas de insulina subcutânea. Os principais achados incluem:

  • Ação ultrarrápida, com início entre 8 e 15 minutos após a inalação;
  • Menor incidência de hipoglicemia tardia, especialmente no período pós-refeição;
  • Redução da hemoglobina glicada (HbA1c) com eficácia comparável à insulina subcutânea;
  • Menor ganho de peso corporal em alguns grupos de pacientes;
  • Maior conveniência, favorecendo a adesão ao tratamento, principalmente entre pacientes que apresentam resistência às injeções frequentes.

Outro ponto enfatizado pelos pesquisadores é a flexibilidade no ajuste da dose, permitindo adequar a quantidade de insulina inalada à composição das refeições. Esse fator pode contribuir para uma melhor adaptação do tratamento à rotina do paciente, com impacto positivo na autonomia e qualidade de vida.

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📊 O que dizem os estudos sobre a insulina inalável

Diversos ensaios clínicos têm investigado a eficácia, segurança e tolerabilidade da insulina inalável em comparação com as insulinas administradas por via subcutânea. Os resultados apontam que a forma inalável pode ser uma alternativa segura e funcional no tratamento do diabetes tipo 1 e tipo 2.

No artigo publicado na Revista Interdisciplinar Ciências Médicas (2022), os autores reuniram estudos clínicos conduzidos entre 2000 e 2021. A maioria das pesquisas analisadas utilizou metodologia randomizada e controlada, com amostras compostas por pacientes que já faziam insulinoterapia ou estavam iniciando esse tipo de tratamento.

🔬 Resultados de eficácia

Um dos principais desfechos observados foi a redução da hemoglobina glicada (HbA1c). Em estudo conduzido por Hoogwerf et al. (2021) com pacientes com diabetes tipo 2, a HbA1c caiu de 8,97% para 7,9% no grupo que usou insulina inalável, enquanto no grupo com insulina asparte a queda foi para 7,63%. A diferença foi estatisticamente significativa (p = 0,04).

Em estudo com pacientes com diabetes tipo 1, McGill et al. (2020) observou que os dois grupos — inalável e subcutânea — atingiram níveis similares de HbA1c após 24 semanas. A insulina inalável demonstrou eficácia comparável à lispro subcutânea, com vantagem em outros indicadores, como glicemia em jejum e perda de peso.

⚖️ Impacto no peso corporal

A administração da insulina inalável esteve associada a menor ganho de peso. No estudo de Rosenstock et al. (2010), pacientes que utilizaram a insulina Technosphere ganharam, em média, 0,9 kg, enquanto os usuários de biaspart subcutânea ganharam 2,5 kg (p = 0,0002). Esse achado foi confirmado por outros estudos, como os de Cefalu et al. (2001) e Hollander et al. (2004).

💉 Episódios de hipoglicemia

A taxa de hipoglicemia leve a moderada foi menor nos grupos com insulina inalável em vários estudos. Rosenstock et al. (2010) relatou 31% de pacientes com episódios no grupo inalável, contra 49% no grupo com insulina subcutânea (p = 0,0001). Nos estudos com pacientes com diabetes tipo 1, os episódios foram mais frequentes, mas comparáveis entre os grupos — o que já era esperado, dado o maior risco inerente ao tipo 1.

A incidência de hipoglicemia severa foi baixa em todos os estudos analisados, sem diferenças clinicamente relevantes entre as vias de administração.

🫁 Função pulmonar e eventos adversos

Em relação à função pulmonar, os estudos não identificaram alterações significativas em parâmetros como FEV1, FVC e DLCO. Pesquisas com seguimento mais longo, como a de Bode et al. (2015), indicam que as eventuais variações observadas na espirometria foram leves, reversíveis e não tiveram impacto clínico.

O evento adverso mais comum foi a tosse leve, geralmente transitória e intermitente, ocorrendo nos 10 primeiros minutos após a inalação. McGill et al. (2020) relatou incidência de 48% de tosse no grupo com insulina inalável, enquanto o grupo controle apresentou apenas 2,3%. Apesar da alta frequência, poucos pacientes descontinuaram o uso por esse motivo.

Em estudos como os de Cefalu et al. (2001) e Skyler et al. (2001), nenhum efeito adverso significativo foi relatado, e os pacientes toleraram bem o uso da insulina inalável.

🧪 Perfil de segurança da insulina inalável

A avaliação da segurança da insulina inalável tem sido uma das principais preocupações de pesquisadores e instituições reguladoras. Além da eficácia no controle glicêmico, os estudos analisam potenciais impactos sobre a função pulmonar, eventos adversos e tolerância ao tratamento.

Segundo o artigo da Revista Interdisciplinar Ciências Médicas (2022), a maioria dos estudos clínicos não observou alterações significativas nos exames de função pulmonar, como FEV1 (volume expiratório forçado em 1 segundo), FVC (capacidade vital forçada) e DLCO (capacidade de difusão do monóxido de carbono). Esses parâmetros foram avaliados em ensaios com protocolos validados por entidades como a American Thoracic Society (ATS) e a European Respiratory Society (ERS).

No estudo de Bode et al. (2015), os resultados indicam que qualquer variação nos parâmetros pulmonares foi leve, transitória e reversível. Isso também foi observado por Rosenstock et al. (2010), que relatou queda discreta no FEV1 durante o uso da insulina inalável, normalizada após a interrupção do tratamento.

😮‍💨 Tosse e outros eventos adversos

O efeito adverso mais frequente é a tosse leve e intermitente, geralmente ocorrendo até 10 minutos após a inalação. Estudos como os de McGill et al. (2020) e Hollander et al. (2004) registraram tosse em 21% a 48% dos pacientes, mas a maioria dos casos não foi grave, nem resultou na interrupção do tratamento.

Em 9,9% dos casos relatados por Hoogwerf et al. (2021), a tosse levou à descontinuação do uso. Outros efeitos relatados incluíram irritação respiratória leve, infecção das vias aéreas superiores, dor de cabeça e tontura, todos sem impacto clínico relevante.

O excipiente utilizado na formulação inalável — a fumaril-dicetopiperazina (FDKP) — também foi avaliado quanto à segurança. Segundo os autores da revisão, ele não apresentou toxicidade para células pulmonares humanas em estudos in vitro, sendo excretado de forma íntegra pela urina, sem sofrer metabolização.

🔍 Acompanhamento recomendado

Mesmo com o perfil considerado seguro, a SBD recomenda que pacientes que utilizam insulina inalável façam avaliação da função pulmonar antes do início do tratamento e regularmente durante o acompanhamento. Essa precaução é especialmente indicada para pessoas com histórico de doença respiratória crônica.

🧭 Para quem é indicada a insulina inalável

A insulina inalável é indicada para adultos com diabetes tipo 1 ou tipo 2 que necessitam de insulinoterapia rápida, especialmente na fase pré-prandial. Segundo a SBD, trata-se de uma alternativa válida para pacientes que desejam evitar múltiplas injeções diárias, desde que não apresentem contraindicações clínicas.

Para pessoas com diabetes tipo 1, a insulina inalável pode ser utilizada em conjunto com uma insulina basal de ação prolongada, formando um regime combinado de tratamento. No caso do diabetes tipo 2, pode ser empregada isoladamente na fase prandial, especialmente quando há falha no controle glicêmico com medicamentos orais ou quando há indicação para insulinização intensiva.

🚫 Contraindicações e critérios de exclusão

A SBD orienta que a insulina inalável não deve ser usada por pessoas com doenças pulmonares crônicas, como asma, DPOC ou fibrose pulmonar, e também não é recomendada para tabagistas ativos ou pacientes que interromperam o tabagismo recentemente. Esses fatores podem interferir na absorção do medicamento e aumentar o risco de efeitos adversos.

Além disso, gestantes e menores de 18 anos ainda não têm indicação formal para uso da tecnologia, devido à ausência de estudos conclusivos nesses grupos populacionais.

🩺 Avaliação clínica prévia

Antes de iniciar o uso da insulina inalável, a recomendação é realizar espirometria para avaliação da função pulmonar basal. A medida deve ser repetida após seis meses e, posteriormente, anualmente, segundo os estudos revisados e conforme as diretrizes da SBD.

A seleção cuidadosa do paciente, com base em critérios clínicos e histórico de saúde pulmonar, é uma das principais garantias de segurança no uso dessa tecnologia.

🔄 Comparação entre insulina inalável e subcutânea

A comparação entre insulina inalável e insulinas de aplicação subcutânea mostra diferenças relevantes em relação à velocidade de ação, comodidade, impacto metabólico e efeitos adversos. Essas diferenças podem influenciar na escolha terapêutica, dependendo do perfil clínico de cada paciente.

De acordo com o estudo publicado na Revista Interdisciplinar Ciências Médicas (2022), a insulina inalável apresenta absorção mais rápida, com início de ação em cerca de 8 a 15 minutos e retorno aos níveis basais em 2 a 3 horas. Já as insulinas subcutâneas, como lispro ou asparte, têm início de ação mais lento, com pico em torno de 50 minutos e duração mais prolongada.

🆚 Principais diferenças

Característica Insulina inalável 💨 Insulina subcutânea 💉
Início de ação 8–15 min 30–60 min
Pico de ação 15 min 50–90 min
Duração média 2 a 3 horas 4 a 6 horas
Aplicação Inalação com inalador Injeção subcutânea
Conveniência Alta Menor
Hipoglicemia tardia pós-prandial Menor risco Risco moderado
Efeito sobre o peso Estável ou redução Maior tendência ao ganho de peso
Eventos adversos comuns Tosse leve Reações no local da aplicação
Avaliação pulmonar necessária Sim Não

 

Segundo os dados de McGill et al. (2020) e Bode et al. (2015), a insulina inalável demonstrou eficácia glicêmica equivalente, mas com vantagens em conveniência e menor impacto sobre o peso corporal. Em contrapartida, exige avaliação respiratória contínua e pode causar tosse leve em parte dos usuários.

Já a insulina subcutânea continua sendo a forma padrão, especialmente em situações que exigem maior controle de dose, populações específicas ou quando há contraindicação ao uso da via inalatória.

📉 Insulina inalável tem efeito mais rápido?

Sim. A insulina inalável apresenta um perfil de ação mais rápido que as insulinas aplicadas por via subcutânea, como as de tipo lispro ou asparte. Essa diferença foi demonstrada em estudos clínicos e também confirmada em nota da Sociedade Brasileira de Diabetes, publicada em sua coluna “Verdadeiro ou Falso”.

Segundo a SBD, a insulina inalável começa a agir entre 8 e 15 minutos após a inalação, com pico em torno de 15 minutos e efeito que dura cerca de 2 a 3 horas. Já a insulina subcutânea tem início de ação em 30 a 60 minutos, com pico entre 60 e 90 minutos e duração mais longa.

Esses dados também foram evidenciados no estudo revisado na Revista Interdisciplinar Ciências Médicas (2022), em que os autores comparam o perfil farmacocinético das diferentes vias. Um dos estudos analisados, conduzido pela Mannkind Corporation, apontou que o tempo para atingir o pico de concentração da insulina inalável foi de 8 minutos, enquanto a insulina lispro subcutânea atingiu o pico após 50 minutos.

Além disso, a insulina inalável apresenta eliminação mais rápida da corrente sanguínea, o que contribui para menor risco de hipoglicemias tardias, especialmente após refeições ricas em carboidratos de absorção rápida.

Essa velocidade de ação é vantajosa, pois se assemelha ao bolus fisiológico secretado pelo pâncreas saudável em resposta à alimentação. Por isso, ela é especialmente útil no controle da glicemia pós-prandial.

📌 Considerações da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre o uso

A SBD reconhece a insulina inalável como uma opção terapêutica válida, principalmente em pacientes que apresentam dificuldade de adesão à insulina subcutânea ou que desejam maior conforto na administração prandial.

No documento Perfil Terapêutico da Insulina (2021), a SBD informa que a insulina inalável disponível no mercado brasileiro é a Technosphere®, com rápida absorção pulmonar e início de ação ultrarrápido, o que favorece seu uso antes das refeições.

A entidade ressalta que, apesar dos benefícios em conveniência, é necessário observar critérios clínicos rigorosos para sua indicação, especialmente no que diz respeito à função pulmonar e ao histórico respiratório do paciente.

❗ Contraindicações formais

Segundo a SBD, a insulina inalável não deve ser utilizada em pacientes que apresentam:

  • Asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Histórico recente de tabagismo (inclusive pacientes que cessaram o hábito nos últimos meses);
  • Espirometria com alteração funcional significativa, como queda de FEV1 abaixo do esperado para a idade e sexo;
  • Gravidez (não existem estudos conclusivos sobre a segurança da insulina inalável em gestantes);
  • Idade inferior a 18 anos, por falta de evidências científicas suficientes em populações pediátricas;
  • Uso atual de medicamentos imunossupressores ou histórico de câncer de pulmão.

Além das contraindicações absolutas, a SBD recomenda cautela no uso em pacientes com:

  • Infecções respiratórias agudas frequentes;
  • Exposição ocupacional a agentes inalantes irritantes;
  • Quadros de bronquite crônica ou alergias respiratórias não controladas.

🔍 Monitoramento necessário

O uso da insulina inalável exige avaliação da função pulmonar por espirometria antes do início do tratamento, repetida após 6 meses e, posteriormente, anualmente. A SBD reforça que a detecção de queda persistente no FEV1 deve ser motivo para reavaliação da continuidade do uso.

Além disso, a instituição orienta os profissionais a monitorarem eventos como tosse persistente, dispneia ou broncoespasmo e a estarem atentos a qualquer sintoma respiratório novo ou agravado.

📚 Referências científicas

  1. Vilela CTS, Camillozzi AFT, Saraiva ALP, Lanza ATF, Rocha AM, Corrêa CR. Uso de insulina inalável por diabéticos sob o ponto de vista farmacológico: uma revisão integrativa. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas. 2022;6(1):61–68.
  2. Hoogwerf BJ et al. Results of a 24-Week Trial of Technosphere Insulin Versus Insulin Aspart in Type 2 Diabetes. Endocrine Practice. 2021;27(1):38–43.
  3. McGill JB et al. Understanding Inhaled Technosphere Insulin: Results of an Early Randomized Trial in Type 1 Diabetes Mellitus. Journal of Diabetes. 2021;13(2):164–172.
  4. Rosenstock J et al. Prandial Inhaled Insulin Plus Basal Insulin Glargine Versus Twice Daily Biaspart Insulin for Type 2 Diabetes: A Multicentre Randomized Trial. The Lancet. 2010;375(9733):2244–2253.
  5. Cefalu WT et al. Inhaled Human Insulin Treatment in Patients with Type 2 Diabetes Mellitus. Annals of Internal Medicine. 2001;134(3):203–207.
  6. Hollander PA et al. Efficacy and Safety of Inhaled Insulin (Exubera) Compared with Subcutaneous Insulin Therapy in Patients with Type 2 Diabetes. Diabetes Care. 2004;27(10):2356–2362.
  7. Skyler JS et al. Efficacy of Inhaled Insulin in Type 1 Diabetes Mellitus: A Randomized Proof-of-Concept Study. The Lancet. 2001;357(9253):331–335.
  8. Bode BW et al. Inhaled Technosphere Insulin Compared with Injected Prandial Insulin in Type 1 Diabetes: A Randomized 24-Week Trial. Diabetes Care. 2015;38(12):2266–2273.

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