Qual a relação entre obesidade e diabetes? Descubra agora

Sabia que a obesidade pode estar ligada ao diabetes tipo 2, que é a forma mais comum e afeta cerca de 90% das pessoas com diabetes? Entre as pessoas obesas, de 20% a 30% desenvolvem diabetes tipo 2. Além de ser mais comum, o diabetes tipo 2 é também o mais controlável e gerenciável. A seguir, entenda como se dá a relação entre obesidade e o diabetes.

Quando temos excesso de gordura no corpo, isso pode levar à resistência à insulina, dificultando o gerenciamento da glicose no sangue. A médica endocrinologista Denise Faraco explica que a obesidade está relacionada ao consumo exagerado de carboidratos, especialmente açúcares. Esse tipo de alimentação pode levar à insulino-resistência, onde os tecidos do corpo se tornam menos sensíveis à insulina.

O pâncreas, que produz a insulina, precisa trabalhar mais para compensar essa resistência, produzindo mais insulina. É como um ciclista que precisa pedalar com mais força em uma subida íngreme. Com o tempo, essa necessidade de produzir mais insulina pode desgastar o pâncreas.

Qual é a relação entre obesidade e diabetes?

Conforme ganhamos peso, nosso corpo precisa de mais insulina devido à maior massa corporal. No entanto, a resistência à insulina persiste, o que requer que o corpo produza ainda mais insulina. 

Podemos explicar a relação entre obesidade e diabetes ao imaginar um ciclista enfrentando uma subida muito longa; eventualmente, suas pernas podem cansar. No corpo, isso significa que a produção de insulina começa a diminuir, levando ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Para prevenir a obesidade e reduzir o risco de diabetes tipo 2, os médicos recomendam adotar hábitos saudáveis, como manter um plano de alimentação equilibrado, praticar atividade física regularmente, gerenciar o estresse, ter horários regulares para refeições e sono, além de evitar o tabagismo e moderar o consumo de álcool. Consultas médicas regulares também são importantes para a prevenção.

A obesidade não é o único fator de risco para o diabetes tipo 2. Cerca de 15% das pessoas com diabetes não são obesas, e nesses casos a condição pode ser mais grave e difícil de tratar. Por isso, a conscientização e a adoção de medidas preventivas melhoram a qualidade de vida, além de reduzir os riscos de complicações graves.

Embora seja raro, pessoas magras também podem desenvolver diabetes tipo 2 devido a disfunções nas células pancreáticas. É importante ressaltar que o diabetes tipo 1 não está relacionado ao peso corporal, mas sim a questões genéticas.

O que causa excesso de gordura no abdômen?

Acumular muita gordura no corpo pode ser um risco para o desenvolvimento de diabetes e outras doenças metabólicas, como a hipertensão. A gordura abdominal, em particular, merece atenção porque está ligada diretamente à resistência à insulina, que é o principal mecanismo por trás do diabetes tipo 2.

A gordura abdominal é muito ativa metabolicamente e produz moléculas que causam inflamação. Essas substâncias contribuem para a resistência à insulina, dificultando o controle da glicose no sangue, tornando-se é um dos fatores principais que levam ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Quando o abdômen fica mais proeminente por causa da gordura acumulada nos órgãos internos, o risco de complicações aumenta. Essa gordura abdominal cria um estado inflamatório que afeta a saúde. Além do diabetes tipo 2, condições como hipertensão, problemas com colesterol e apneia do sono (conhecidas juntas como síndrome metabólica) também estão associadas a essa gordura visceral, como também é conhecida a gordura no abdômen.

O perímetro abdominal é um indicador importante. Para homens, um perímetro superior a 94 cm e, para mulheres, superior a 80 cm, representa um risco significativo. Essas medidas são baseadas na Plataforma Contra a Obesidade.

Quais são os sintomas associados ao diabetes tipo 2?

O diabetes tipo 2 afeta a produção de insulina e eleva os níveis de açúcar no sangue. Diferentemente do diabetes tipo 1, que é uma condição autoimune, o diabetes tipo 2 está fortemente relacionada aos hábitos de vida, especialmente o consumo excessivo de carboidratos e o sedentarismo.

Sede excessiva

A pessoa sente uma necessidade constante de beber água devido à desidratação causada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue.

Boca seca

A sensação de boca seca é comum devido à desidratação.

Cansaço excessivo

A fadiga é um sintoma frequente, pois as células não conseguem utilizar adequadamente a glicose como fonte de energia.

Visão turva ou embaçada

A flutuação dos níveis de açúcar no sangue pode afetar a visão.

Formigamento nos pés ou mãos

Danos nos nervos periféricos podem causar essa sensação.

Vontade frequente para urinar

O excesso de glicose nos rins leva a um aumento na produção de urina.

Infecções recorrentes

A imunidade comprometida torna a pessoa mais suscetível a infecções, como candidíase ou infecção urinária.

Feridas que demoram para cicatrizar

A cicatrização lenta é um sinal de que os níveis de glicose não estão controlados.

Prevenção do diabetes tipo 2: estratégias importantes

A prevenção do diabetes tipo 2 é fundamental para manter a saúde e evitar complicações.

Alimentação saudável

  1. Consuma uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e fibras.
  2. Reduza o consumo de sal, açúcar e gorduras saturadas.
  3. Evite alimentos ultra processados e fast foods.

Atividade física regular

Adultos com diabetes: Pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade por semana, ou pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica vigorosa por semana.

Crianças e adolescentes com diabetes: Pelo menos 60 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por dia. Escolha atividades que você goste, como caminhada, natação, dança ou ciclismo.

Gerenciamento do peso

Mantenha um peso adequado para sua altura e idade. Evite o ganho excessivo de peso, especialmente na região abdominal.

Boas noites de sono

Durma bem e tenha uma rotina de sono regular. A privação de sono pode afetar o metabolismo e aumentar o risco de diabetes.

Evite o Consumo de álcool e cigarro

O álcool em excesso e o tabagismo estão associados ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. Reduza ou elimine esses hábitos.

Avaliações médicas periódicas

Faça check-ups regulares com seu médico. Gerencie os níveis de glicose no sangue e outros fatores de risco.

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