Confira os mitos e verdades sobre o convívio com o diabetes

O diabetes é uma condição que afeta pelo menos 422 milhões de pessoas, o que representa 10% dos adultos ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com ele, muitas informações circulam, algumas verdadeiras e outras nem tanto. Por isso, é importante esclarecer os mitos e verdades sobre o convívio com diabetes.

Entendendo o diabetes

Para começar, é importante entender que existem diferentes tipos de diabetes: o tipo 1, o tipo 2 e o diabetes gestacional. Cada um tem suas particularidades e sintomas, que podem incluir sede excessiva, fome, cansaço, visão embaçada, entre outros. Apesar da condição, é possível levar uma vida normal com o diabetes, desde que haja um gerenciamento adequado.

O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune onde o corpo não produz insulina, um hormônio essencial para regular os níveis de glicose no sangue. Geralmente diagnosticado em crianças e jovens adultos, o tratamento para o tipo 1 envolve a administração diária de insulina e um plano de alimentação.

Por outro lado, o diabetes tipo 2 é mais comum em adultos e está frequentemente associado a fatores de estilo de vida, como obesidade e inatividade física. Neste caso, o corpo não usa insulina de maneira eficaz, o que pode ser gerenciado com mudanças na alimentação, exercícios e, em alguns casos, medicamentos.

O diabetes gestacional ocorre durante a gravidez e geralmente desaparece após o parto. No entanto, ele aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida tanto para a mãe quanto para a criança.

Convivendo com o diabetes

Viver com diabetes não significa que você terá uma vida limitada. No entanto, precisa de tratamento e acompanhamento especializado, com monitoramento regular dos níveis de glicose, plano alimentar individualizado, atividade física e, quando necessário, medicação.

Além disso, o avanço da tecnologia médica tem facilitado o gerenciamento do diabetes. Dispositivos como monitores contínuos de glicose e bombas de insulina têm revolucionado o cuidado diário, permitindo um gerenciamento mais preciso e conveniente.

Outro aspecto relevante para o tratamento do diabetes é o apoio emocional para as pessoas que convivem com a condição. Grupos de aconselhamento podem oferecer recursos para lidar com os desafios emocionais que podem acompanhar o diagnóstico. Há também profissionais especializados que oferecem atendimentos psicológicos e que ajudam no gerenciamento da doença.

Confusões sobre o convívio com diabetes

Um dos mitos mais comuns é que pessoas com diabetes não podem consumir frutas. Frutas são ricas em nutrientes e podem fazer parte de um plano de alimentação equilibrado. A chave é o consumo moderado e a preferência por frutas com maior teor de fibras, como maçãs e peras, que têm um menor índice glicêmico e ajudam na absorção lenta do carboidrato.

Outro ponto de confusão são os produtos dietéticos. Muitos acreditam que, por serem “diet”, podem ser consumidos sem restrições. Isso não é verdade. Produtos dietéticos devem ser consumidos com moderação, pois, apesar de isentos de açúcar, podem conter mais calorias do que suas versões convencionais.

Quanto ao mel, apesar de ser um produto natural, ele possui alto teor de frutose e glicose, o que significa que seu consumo também deve ser controlado dentro de uma dieta balanceada para não afetar negativamente o gerenciamento glicêmico.

Bebidas alcoólicas, por sua vez, podem ser consumidas com moderação. No entanto, é importante ter cuidado, especialmente para aqueles que usam insulina ou medicamentos que estimulam a produção desse hormônio, pois o álcool pode aumentar o risco de hipoglicemia.

E os chás? Sim, eles podem ajudar no controle do diabetes. Chás, assim como o café e a canela, possuem propriedades antioxidantes e podem contribuir para a redução da glicemia. No entanto, é importante lembrar que eles não são curativos e devem ser incluídos como parte de um estilo de vida saudável.

Além disso, as pessoas com diabetes precisam cuidar com as informações que acessam, pois devem ser baseadas em evidências científicas. Por isso, acessem fontes oficiais como os sites como o G7Med, Sociedade Brasileira de Diabetes, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde entre outros.

Entendendo os mitos e verdades sobre o convívio com diabetes

Mitos comuns sobre diabetes

Existem inúmeros mitos que rondam o diabetes. Vamos abordar alguns dos mais comuns.

Mito 1: “Diabetes é uma doença leve.”

Diabetes não é uma doença leve. Se não tratada de forma adequada, pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas, derrames, perda de visão e até mesmo amputações.

Mito 2: “Pessoas com diabetes não podem comer açúcar.”

Na verdade, o que é necessário é um gerenciamento da ingestão de carboidratos, que inclui açúcares. Por isso, se faz tão necessária uma alimentação equilibrada. Além disso, o plano alimentar deve ser individualizado e definido de acordo com as particularidades de cada pessoa.

Mito 3: “Apenas pessoas acima do peso têm diabetes tipo 2.”

Fatores genéticos, idade e outros riscos também estão associados ao diabetes tipo 2. Não é apenas o peso que influencia. No caso do diabetes tipo 1, a condição autoimune faz com que o corpo não produza insulina.

Mito 4: “Insulina é um sinal de falha no tratamento.”

A insulina é, na verdade, um importante aliado no gerenciamento do diabetes. Seu uso não significa falha, mas sim um passo necessário para a manutenção da saúde.  Em casos de diabetes tipo 1, ela é necessária porque o corpo não a produz.  Às vezes, pessoas com diabetes tipo 2, também precisam fazer uso quando o médico faz a sua prescrição.

Verdades sobre conviver com diabetes

Agora que já desmistificamos alguns mitos, vamos falar de verdades sobre o convívio com o diabetes.

Verdade 1: “O monitoramento regular é essencial.”

Sim, o controle da glicemia é fundamental para evitar complicações.

Verdade 2: “Exercícios físicos são benéficos para quem tem diabetes.”

A atividade física ajuda na gestão da saúde geral e nos níveis de glicose.

Verdade 3: “Educação em saúde pode melhorar o convívio com a doença.”

Programas educacionais são fundamentais para ajudar pessoas com diabetes a gerenciar suas condições. Clínicas e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem material educativo e formativo.

Dicas práticas para convivência

Quem convive com diabetes precisa de alimentação equilibrada. O plano alimentar deve ser orientado pelo profissional e individualizado, de acordo com as necessidades de cada pessoa. Além disso, não devem ser deixadas de lado as consultas regulares ao endocrinologista e a prática regular de atividades físicas.

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