Veja quais os principais mitos sobre o diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença no Brasil, representando cerca de 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB).

Embora essa condição possa, em muitos casos, ser gerenciada e até revertida com mudanças no estilo de vida, como uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios, a falta de informação adequada contribui para a propagação equívocos que dificultam o diagnóstico e o tratamento corretos.

Por isso, saber o que são mitos e verdades sobre o diabetes tipo 2 é tão importante.

A desinformação não só prejudica a gestão eficaz do diabetes, mas também cria barreiras tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.

Para ajudar a esclarecer, vamos  fornecer informações que podem capacitar as pessoas a enfrentar essa condição de maneira mais consciente.

O que são mitos e o que são verdades do diabetes tipo 2

Só pessoas com excesso de peso desenvolvem diabetes tipo 2

Mito:

Embora o excesso de peso seja um fator de risco importante para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, não é o único.

Na realidade, pessoas com peso adequado também podem ser diagnosticadas com essa condição. Fatores genéticos, idade e um estilo de vida sedentário também influenciam no desenvolvimento da condição.

Estudos mostram que cerca de 15% das pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 estão dentro da faixa de peso considerada saudável. Isso significa que, mesmo mantendo um peso normal, é importante estar atento aos sinais e fatores de risco.

Por isso, a prevenção e a educação sobre o diabetes devem ser universais, independentemente do peso corporal.

Pessoas com diabetes tipo 2 não podem comer açúcar de forma alguma

Mito:

Esse é um dos mitos mais comuns e que gera mais confusão. Pessoas com diabetes tipo 2 podem sim consumir açúcar, desde que seja de forma moderada e dentro de uma alimentação equilibrada.

A chave para gerenciar o diabetes é a moderação e o monitoramento constante dos níveis de glicose no sangue.

O foco deve estar em um planejamento alimentar individualizado, baseado em alimentos integrais, com carboidratos complexos, proteínas magras e gorduras saudáveis, que ajudam o manejo dos níveis de açúcar no sangue.

O consumo de açúcar deve ser planejado e ajustado para cada pessoa, conforme as orientações de um nutricionista ou médico. Cortar completamente o açúcar pode ser desnecessário e frustrante para o paciente.

Se eu for diagnosticado com diabetes tipo 2, inevitavelmente precisarei de insulina

Mito:

Nem todos os pacientes com diabetes tipo 2 precisam de insulina. O tratamento geralmente começa com mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e aumento na atividade física.

Em muitos casos, o diabetes tipo 2 pode ser gerenciado com medicamentos orais e ajustes na rotina diária, sem a necessidade de insulina.

No entanto, à medida que a doença progride, algumas pessoas podem precisar de insulina para manter seus níveis de glicose equilibrados. A necessidade de insulina depende de como o corpo responde ao tratamento e dos níveis de glicose no sangue ao longo do tempo.

A ideia de que todos as pessoas com diabetes tipo 2 precisam de insulina é um mito, e o tratamento deve ser sempre individualizado.

Diabetes tipo 2 só afeta pessoas idosas

Mito:

Embora o diabetes tipo 2 seja mais comum em pessoas com mais de 45 anos, a condição pode afetar qualquer faixa etária.

Infelizmente, o número de casos diagnosticados em crianças, adolescentes e adultos jovens está aumentando devido ao estilo de vida sedentário e à má alimentação.

Fatores como histórico familiar, obesidade infantil e sedentarismo têm contribuído para o aumento dos casos de diabetes tipo 2 em pessoas mais jovens.

Portanto, é essencial que a educação sobre a prevenção do diabetes seja ampliada para todas as idades, com foco na adoção de hábitos saudáveis desde cedo.

Pessoas com diabetes tipo 2 sempre sabem quando seus níveis de açúcar no sangue estão altos

Mito:

Muitas pessoas acreditam que podem “sentir” quando seus níveis de açúcar no sangue estão elevados, mas isso nem sempre é verdade.

Alguns sintomas, como sede excessiva, cansaço e aumento da vontade de urinar, podem indicar níveis altos de glicose, mas muitas pessoas não apresentam sintomas claros.

Por isso, é importante que os pacientes monitorem regularmente seus níveis de glicose com o auxílio de um glicosímetro.

Esse monitoramento ajuda a evitar complicações e permite ajustes rápidos no tratamento, mesmo que a pessoa não sinta os sintomas imediatamente.

Diabetes tipo 2 é uma “forma mais branda” de diabetes

Mito:

Este é um dos mitos mais perigosos. O diabetes tipo 2 pode não exigir insulina no início, mas é uma condição que pode levar a complicações graves se não for tratada adequadamente. Entre essas complicações estão doenças cardíacas, insuficiência renal, problemas de visão e neuropatia.

O diabetes tipo 2 deve ser levado a sério desde o diagnóstico. A gestão eficaz da doença pode ajudar a prevenir complicações, mas isso requer um compromisso com um estilo de vida saudável e, em alguns casos, a necessidade de medicamentos e tratamentos contínuos.

Se eu tomar medicamentos para o diabetes, posso comer o que quiser

Mito:

Os medicamentos ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue, mas isso não significa que uma pessoa com diabetes tipo 2 pode comer qualquer coisa sem consequências. O uso de medicamentos deve estar alinhado a uma alimentação equilibrada e a um estilo de vida saudável.

Os medicamentos funcionam melhor quando usados em conjunto com um plano alimentar adequado e exercícios físicos regulares. O manejo do diabetes requer uma abordagem multifatorial, e os medicamentos não substituem hábitos alimentares saudáveis.

O diabetes tipo 2 é inevitável para quem tem histórico familiar

Mito:

Embora o histórico familiar seja um fator de risco importante, o diabetes tipo 2 não é uma sentença inevitável para todos que têm predisposição genética. Um estilo de vida saudável pode ajudar significativamente a reduzir o risco de desenvolver a doença, mesmo em pessoas com histórico familiar.

Manter um peso saudável, praticar atividades físicas regularmente e ter uma alimentação equilibrada são maneiras eficazes de reduzir o risco. Estar ciente do histórico familiar é importante para tomar medidas preventivas desde cedo.

Exercícios físicos são perigosos para pessoas com diabetes tipo 2

Mito:

Pelo contrário, a atividade física é uma das melhores maneiras de controlar o diabetes tipo 2. O exercício ajuda a melhorar a sensibilidade do corpo à insulina, permitindo que a glicose seja utilizada de forma mais eficiente.

Além disso, ajuda no controle de peso e melhora a saúde cardiovascular, dois fatores importantes na gestão do diabetes.

No entanto, é importante que os exercícios sejam realizados com orientação médica, especialmente para quem está começando. Caminhadas, natação e ciclismo são atividades seguras e eficazes para quem tem diabetes tipo 2.

Se meus níveis de açúcar no sangue estão normais, não preciso me preocupar

Mito:

Mesmo que os níveis de glicose no sangue estejam dentro da faixa normal, isso não significa que a pessoa pode relaxar no controle do diabetes tipo 2. A doença é crônica e exige atenção constante para evitar complicações a longo prazo.

O controle regular, tanto por meio de exames laboratoriais quanto pelo monitoramento em casa, é essencial para garantir que os níveis de glicose permaneçam estáveis ao longo do tempo.

Manter uma rotina de cuidados é fundamental, independentemente de como os resultados recentes possam parecer bons.

Entender os mitos e verdades sobre o diabetes tipo 2 ajuda a promover melhorias no manejo da condição.

Dessa forma, as pessoas aderem com mais consciência ao tratamento, focando em estratégias comprovadas que realmente ajudam na gestão dos níveis de glicose.

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